A Plataforma

 

A plataforma THETIS encontra-se disponível a empresas e verificadores acreditados, podendo ser usada para enviar eletronicamente à Comissão e Estado de Bandeira, relatórios e os respetivos documentos de conformidade relevantes. O THETIS foi projetado de forma flexível para formar um sistema global de Monitorização, Comunicação e Verificação de emissões de gases de efeito estufa (GEE). Para aceder à plataforma, cada utilizador deverá fazer o login no site.

 

 

Como mencionado anteriormente, o THETIS pode ser usado por empresas ou verificadores acreditados. Antes que os verificadores possam usar o THETIS – MRV para validar os Planos de Monitorização e verificar os Relatórios de Emissões, existem algumas configurações que devem ser feitas de acordo com a seguinte sequência:

 
  1. Solicite uma conta registando-se enquanto verificador;
  2. Introduza os dados da entidade Verificadora;
  3. Caso seja necessário introduza novos utilizadores sob a mesma conta de Verificador;
  4. Defina a notificação por email conforme apropriado;
  5. Insira os detalhes da Acreditação a serem confirmados pelo Administrador do Sistema;
  6. Aguarde que o Administrador do sistema confirme os detalhes da acreditação;
  7. Assim que seja bem-sucedido, aguarde que empresas solicitem uma parceria para a atividade em questão;
  8. Aguardar que a empresa que estabeleça parceria atribua o verificador acreditado a cada navio onde as atividades de verificação serão necessárias.

 

Da mesma forma, antes das empresas poderem usar o THETIS – MRV para introduzir os Planos de Monitorização e produzir Relatórios de Emissões, existem algumas configurações que devem ser feitas na seguinte sequência:

  1. Solicite um registro enquanto Utilizador –Empresa MRV;
  2. Introduzir os detalhes da empresa;
  3. Caso seja necessário introduza novos utilizadores sob a mesma conta corporativa;
  4. Defina a notificação por email conforme apropriado;
  5. Solicitar uma parceria com uma entidade verificadora acreditada;
  6. Aguarde que o verificador aceite o pedido;
  7. Adicionar os navios pretendidos abrangidos no âmbito do regulamento;
  8. Atualize as informações relativas aos dados dos navios.

 

Os utilizadores da empresa podem criar Planos de Monitorização para cada navio e depois enviá-los ao verificador acreditado para validação. Poderão igualmente inserir emissões de CO2 (registando o consumo de combustível ou monitorizando diretamente) com a finalidade de gerar Relatórios de Emissão após cada período de comunicação. Para as empresas, os primeiros dados a serem submetidos são a descrição da empresa, como respetivo nome, número, endereço e pessoa de contato.

 

Uma vez estabelecida e aceite uma parceria com um verificador independente acreditado (que pode ser visto no campo “Email notifications” pela mensagem; “Verifier is informed that Company requests a partnership to a verifier”), a empresa pode adicionar navios à sua frota. A empresa preenche os campos relacionados com detalhes de envio, como número IMO, designação do navio, tipo de navio, bandeira, tonelagem bruta, porte bruto, porto de origem e de registro, sociedade classificadora e nome do proprietário do navio. Uma vez preenchidas estas informações, a empresa poderá introduzir um plano de monitorização para cada um dos seus navios. Para esse efeito, no separador “My Fleet” e para cada navio, deverá escolher “Actions” e selecionar “Edit”.

 

Nesta seção, o utilizador pode encontrar informações que foram enviadas anteriormente (relacionadas aos dados do navio e da empresa). Embora informações mais específicas relacionadas com procedimentos e metodologias utilizadas a bordo, tipos de equipamentos, materiais e tipos de combustível utilizados, necessitem de ser adicionados ao Plano de Monitorização. No separador “MP Particulars”, poderá encontrar um resumo da data de criação do plano e também um status atualizado do Plano de Monitorização (começará por uma versão de rascunho (“draft”), posteriormente será enviado para apreciação dos verificadores (“submitted”) e uma vez validado o status será atualizado para avaliado (“assessed”).

 

No Plano de Monitorização do navio deve constar o equipamento de medição utilizado a bordo, a indicação de onde é aplicado e uma descrição técnica do mesmo. A empresa deverá descrever as fontes de emissões usadas a bordo e os possíveis tipos de combustível a serem usados e conectá-los a um equipamento de medição. O nível da incerteza associada à medição deve ser especificado em %. Nesse separador deve ser escolhido o método de monitorização utilizado pelo navio entre as 4 possibilidades descritas no Regulamento 757/2015, anexo 1:

 
  • Método A: BDN e inventários periódicos dos tanques de combustível
  • Método B: Monitorização dos tanques de combustível a bordo
  • Método C: Medidores de fluxo para os processos de combustão aplicáveis
  • Método D: Medição direta das emissões de CO2

A empresa deve especificar uma ligação entre cada tipo de combustível e cada tanque usado a bordo. A cada tipo de combustível deve ser indicado o fator de emissão correspondente, que será utilizado para o cálculo das toneladas de CO2 emitidas.

 

No plano de monitorização do navio deve ser indicado também com detalhe os procedimentos utilizados em termos de determinação do consumo de combustível (bunkered, em tanques), verificações cruzadas regulares e como as lacunas de dados são tratadas. Em cada procedimento as fórmulas utilizadas, fonte de dados, o local onde os registros são mantidos e o nome do sistema de TI usado deve ser especificado e em concordância com o Plano de Monitorização.

 

Há também um campo no Plano de Monitorização relacionado com a navegação do navio e a carga transportada. Os procedimentos relacionados com a verificação regular da adequação do plano, a qualidade dos dados, a forma como é mantida a fiabilidade das informações, como são efetuadas correções e revisões, e como é controlada a documentação têm de estar descritas no plano de monitorização.

 

Existe um campo para anexar qualquer documento, se necessário, e um separador, onde todas as não conformidades detetadas são listadas para uma correção posterior. Uma vez que a empresa considere todas as informações corretas, pode enviar para validação pressionando ” Submit to Verifier “. O status da revisão do plano pode ser consultado ao logo do tempo em “MP Revision” até à sua avaliação. A plataforma THETIS disponibiliza uma lista completa de vídeos, entre os quais, um que explica em detalhes o fluxo de trabalho relativo ao Plano de Monitorização.

Em termos de uso da plataforma para verificadores acreditados, este será semelhante, com a diferença de que o Plano de Monitorização só estará disponível para essa entidade, quando enviado para aprovação pelo cliente com o qual possui ligação contratual.

 

Em “My Fleet”, o verificador pode aceder facilmente às informações do navio introduzidas pela empresa. Em “Actions” em cada navio, o verificador pode visualizar as informações do navio, aceder ao Plano de Monitorização e ao Relatório de Emissões.

 

A validação do Plano de Monitorização é um processo interativo, uma vez que sempre que qualquer não conformidade seja detetada pelo verificador, este deverá comunicar à empresa para revisão. A empresa pode solicitar qualquer revisão do plano, conforme desejado, até o final do período de 31 de dezembro de 2017 (e subsequentemente nos anos seguintes). Uma vez que o Plano seja validado, ele pode ser visualizado e descarregado na plataforma.

 

No pdf gerado será indicado que o Plano foi avaliado de acordo com o Regulamento da UE 2015/757, pelo verificador MRV acreditado, a sua versão e data, bem como o seu status.

 

Durante 2018 (até 31 de dezembro de 2018) as empresas irão recolher informações sobre o consumo de combustível, emissões de CO2, atividade do navio (trabalho de transporte, tempo em mar, distância percorrida e carga transportada) e parâmetros de eficiência energética. Essas informações serão comunicadas na plataforma THETIS e serão base das informações do Relatório de Emissões. Até 30 de abril de 2019, as empresas devem apresentar um relatório de emissões verificado satisfatoriamente à Comissão Europeia e ao Estado de Bandeira. Os verificadores MRV devem indicar que o relatório foi satisfatório e que estão reunidas condições para emissão de um Documento de Conformidade (demonstra cumprimento com regulamentação). A Plataforma também possui um conjunto de vídeos relativos ao Relatório de Emissões, em particular, um que explica detalhadamente o fluxo de trabalho envolvido nessa atividade.

Pelo que foi descrito anteriormente, podemos com certeza dizer que a EMSA desenvolveu uma plataforma útil e de fácil utilização, na qual tanto os membros da empresa, como verificadores independentes e acreditados podem trabalhar juntos, a fim de cumprir com as exigências da legislação. O THETIS também dispõe de uma seção de FAQ’s em que perguntas são enviadas para a EMSA. Com a finalidade de resumir a interação e as responsabilidades de ambas as partes envolvidas no processo MRV, concluímos esta breve explicação com um vídeo descritivo de um estudo de caso.